novembro 2016

28 novembro, 2016

Ansiedade x Comida: Um sentimento que pode te levar ao aumento de peso





Para falarmos sobre o aumento de peso causado pela ansiedade, primeiro precisamos entender a diferença entre fome e vontade de comer. Você sabia que são duas coisas completamente diferentes?

A fome é uma resposta do nosso organismo em frente a deficiência de nutrientes. Sabe quando o seu estômago ronca? Ou quando você sente aquele aperto? Essas são as sensações que interpretamos como fome e a partir daí, ingerimos alimentos a fim de suprir a necessidade do organismo. 

Já na vontade de comer, nada disso é sentido, muito pelo contrário. Sabe quando você tem aquela vontade súbita de comer um chocolate ou um bolo com cobertura extra? Então, essa é a vontade de comer. Geralmente ela é direcionada para alimentos calóricos, gordurosos ou com baixo valor nutricional, e por isso, ela pode se tornar uma grande vilã para a sua saúde.

Mas o que a ansiedade pode influenciar nisso?

Como já falamos anteriormente, a ansiedade é um conjunto de sensações, as quais, a longo prazo podem causar desconforto, a tendência do ser humano é sempre buscar o alívio do que o incomoda, e é justamente aí que mora o perigo. As pessoas ansiosas podem (não é uma regra) buscar esse alívio na ingestão de alimentos.

É extremamente comum, ouvirmos as seguintes frases:

" Ai estava tão ansiosa que comi todo o pudim."

" Preciso comer um docinho pra aliviar essa agonia que estou sentindo."

Buscar esse alívio de sentimentos na comida, é um comportamento aprendido lá atrás quando ainda éramos crianças, quem nunca ganhou uma comidinha especial porque estava triste?

Está errado?

Não! A luzinha amarela de atenção só acende perante o excesso e a frequência.

Atualmente você tem comido em excesso? Ao menor sinal de ansiedade você já recorre a um alimento? Esse fato é recorrente em seu dia a dia?

Caso tenha se identificado com as perguntas acima, talvez seja hora de parar um pouco, se perceber, verificar o que te leva a esse comportamento e então dar atenção ao que precisa ser cuidado.

Lembre-se sempre que, se privar de comer não é a melhor solução, é necessário identificar e cuidar do que te leva à comer.

Você já tem o livro digital que escrevi? Nele falo sobre a ansiedade e te ensino através de exercícios práticos a lidar com ela.

Caso queira receber gratuitamente, deixe seu e-mail nos comentários que te envio com o maior prazer.














18 novembro, 2016

Insônia: 5 Dicas para te ajudar a dormir melhor



Sabe aquela situação bobinha que ocorreu pela manhã ou uma resposta que você esqueceu de dar no trabalho? Pois é, eram tão bobinhas que durante o dia você nem deu muita importância. Mas quando chegou a hora de dormir... Hummm.... elas aparecem mais rápido que uma disputa de Ferraris, e como se não bastasse, trazem com elas outras preocupações passadas, igualmente bobinhas.

Essa situação é extremamente comum e causa um enorme estresse, pois retarda e muito o "pegar" no sono,e consequentemente a qualidade dele.

Para diminuir o sofrimento, listo abaixo algumas ações simples que podem contribuir para que esse momento seja mais tranquilo e prazeroso.

- Durma somente o tempo necessário para sentir-se descansada, esqueça aquela ideia de acordar tarde no final de semana, se você se sente bem dormindo 6 horas por noite, não tem o porque tentar dormir 12.

- Crie uma rotina de acordar sempre no mesmo horário independente de ter tido insônia ou não, com certeza você irá sentir muito sono durante o dia, mas evite cochilar, isso vai ajudá-la a regular seu ciclo circadiano (ciclo do sono).

- Evite a ingestão de café, coca-cola, chimarrão ou qualquer outro alimento estimulante após as 18:00 horas.

- Evite estudar, trabalhar, jogar, assistir filmes de ação e mexer no celular, enquanto estiver na cama, utilize-a exclusivamente para dormir.

- Caso tenha ido para a cama e não conseguiu dormir em 20 minutos, levante, dê uma volta, leia algumas páginas de um livro e só depois volte a deitar.


Essas são algumas dicas para te ajudar de imediato, porém é importante salientar a necessidade de investigar a insônia, descobrir a causa e tratá-la com um profissional capacitado para tal e jamais tome alguma medicação sem orientação médica.


   

04 novembro, 2016

Respostas para as principais dúvidas sobre medicamentos para ansiedade







Não podemos negar que ainda existem muitas dúvidas em relação aos medicamentos psiquiátricos, geralmente encontramos muita resistência por parte de quem precisa ser medicado, e por isso, convidei o médico psiquiatra Bruno Trevisan, para esclarecer algumas das principais dúvidas.


1) Todas as pessoas que sofrem com o excesso de ansiedade precisam ser medicadas?

Resposta: Não. A primeira indicação de tratamento para os transtornos de ansiedade leves é psicoterapia com um profissional especializado, sendo que a terapia que mais tem evidências de eficácia até o momento é a TCC, e mudanças no estilo de vida para diminuir o nível de stress - praticar atividade física, melhorar a alimentação e o sono, ter momentos de descontração e lazer. 
A partir dos quadros moderados a graves, a melhor forma de tratamento é a associação entre a medicação e psicoterapia (tratamento combinado). 





2) É muito comum ouvir dizer que as medicações psiquiátricas causam dependência, esse fato é verdadeiro?


Resposta: Essa informação é muito perigosa. Vejam bem, a primeira coisa que precisamos deixar claro é o conceito de Dependência Química. A DQ é uma doença que ocorre quando o indivíduo faz uso de alguma substância (álcool, tabaco, drogas, cafeína em excesso) que faz mal para sua saúde e prejudica sua vida (interfere no trabalho, na escola, na família, nos relacionamentos) mas ainda assim ele não consegue parar, mesmo que muitas vezes queira! 
Já tratamento é outra coisa! Remédios psiquiátricos servem para tratar sintomas, sendo assim melhoram a qualidade de vida da pessoa. Mas muitas vezes ela vai precisar usar o remédio por um tempo prolongado mesmo, e se parar volta a ficar mal, mas não por que está viciada no remédio, e sim por que ainda não se curou de sua doença.

O grande problema nessa história é que, primeiro, muita gente toma remédio de forma errada, diferente do que o médico orientou. Isso atrapalha todo o tratamento e faz com que a pessoa não fique bem nunca. 

E segundo, muita gente toma remédio sem necessidade, sem estar realmente doente. Por isso é muito importante consultar um profissional competente que saiba diagnosticar e tratar os transtornos mentais corretamente.

3) Uma pessoa diagnosticada com algum transtorno de ansiedade precisará tomar medicação pelo resto da vida?

Resposta: O tempo de tratamento é muito individual e diferente de pessoa para pessoa, e também varia entre os diferentes transtornos de ansiedade. Na maioria dos casos a pessoa vai precisar tomar o remédio por um ou dois anos a partir do momento em que melhora dos sintomas - isso se chama tratamento de manutenção e serve para prevenir que a pessoa volte a ficar doente. Fazer o tratamento pelo tempo certo diminui muito as chances de a doença voltar. 
Mas existem casos em que a pessoa tomar o remédio por menos tempo (como em casos muito leves), ou por mais tempo (em casos graves e recorrentes). Isso é algo que precisa ser muito bem avaliado pelo médico e pelo paciente em conjunto.

Agradeço a disponibilidade e o excelente esclarecimento do Dr. Bruno Trevisan. Para conhecer o trabalho dele clique aqui.




Por fim, é muito importante que você confie no profissional que te atende, pois ele conhece as suas necessidades, jamais se automedique. Só aceite orientações de profissionais, pois o que foi bom para sua amiga, nem sempre poderá ser bom para você. 







01 novembro, 2016

Dica para te ajudar a manter o foco






Tem dias que a nossa concentração parece que não levantou da cama, ela continua lá dormindo e você com muitos assuntos para resolver, não consegue terminar nada do que começou e além do mais, sofre pensando no que deixou de fazer. No fim das contas, tudo se acumulou e você se vê mergulhado em tarefas inacabadas.

Considerando que essa falta de concentração não seja uma rotina e sim uma exceção, darei abaixo uma técnica simples para te ajudar a terminar tudo que começa.

Primeiro é necessário que você tenha um despertador, cronômetro ou qualquer coisa que apite ao final de um determinado tempo.

Em seguida você deverá programar um ciclo de 25 minutos. Durante esse tempo, você irá dedicar-se única e exclusivamente a tarefa proposta.

Ao final do 25º minuto, pare tudo o que está fazendo e descanse por 10 minutos, tome uma água, vá ao banheiro, faça qualquer coisa que não esteja ligada a tarefa que você está realizando.

Passado o intervalo de 10 minutos, programe mais 25 minutos e continue em seu objetivo.

Ao final desse bloco, descanse por mais 10 minutos, seguindo as mesmas regras.

E assim, siga sucessivamente até o quarto bloco de 25 minutos, ao final deste, ao invés de descansar 10 minutos você precisará descansar 25 minutos. 

Nesse intervalo você poderá verificar seus emails, suas redes sociais, fazer um lanche, ou o que desejar.


Resumindo :                    
                                       25 minutos de execução
                                       10 minutos de intervalo
                                       25 minutos de execução
                                       10 minutos de intervalo
                                       25 minutos de execução
                                       10 minutos de intervalo
                                       25 minutos de execução
                                       25 minutos de intervalo


Importante 1: Caso alguém converse com você durante o tempo de execução, explique gentilmente que não poderá atendê-lo naquele momento, anote para não esquecer e faça o contato no próximo intervalo ou dedique um bloco somente para isso.

Importante 2: Independente do que esteja fazendo, pare ao final do 25º minuto.






Quando devo procurar um psicólogo?






Atualmente ainda existe muito preconceito em procurar ajuda psicológica, é muito comum ouvirmos "que psicólogo é coisa de doido" ou ainda " imagina, meu filho não precisa de terapia, a terapia dele sou eu ".


Porém, o atendimento psicológico se faz necessário quando não conseguimos lidar com determinadas situações, sejam elas cotidianas, novas ou até mesmo inesperadas. 

Toda vez que apresentamos algum prejuízo em qualquer uma delas é um sinal que algo não está bem, pois todos os seres humanos são capazes de passar por uma situação e depois de algum tempo superá-las, se isso não ocorre é recomendado a ajuda profissional.


O que é Terapia Cognitiva Comportamental?

Dentro da Psicologia existem várias linhas teóricas que se propõem a tratar as dificuldades apresentas pelo paciente, dentre elas encontramos a Psicanálise, a Gestalt, a Cognitiva Comportamental, entre outras.

A Cognitiva Comportamental é considerada uma terapia breve, com resultados rápidos, e que trata de problemas que estejam acontecendo atualmente, ela não irá resolver questões que aconteceram no passado, a menos que esse evento seja relevante para algo que incomode hoje.

Ela consiste basicamente na tríade "pensamentos, sentimentos e comportamentos", ou seja, um pensamento gera um sentimento e esse sentimento um comportamento. O prejuízo acontece quando os pensamentos são inadequados e acabam afetando todo o conjunto, conforme exemplo abaixo:






Ansiedade tem Cura? Quando devo procurar ajuda?



Quando devemos procurar tratamento para a Ansiedade? Todos os casos necessitam de medicação?

Primeiro precisamos entender que a ansiedade é inata do ser humano, é uma emoção recorrente em resposta a algum perigo futuro, ou seja, ela aumenta nossa vigilância e nos prepara para enfrentar algum evento, portanto é uma emoção necessária para nossa sobrevivência.

A partir do momento que os sintomas ansiosos começam a interferir de forma negativa em seu dia a dia, lhe causam algum tipo de sofrimento, ou ainda, você deixa de fazer algo em virtude de coisas que poderão acontecer aí sim é hora de procurar ajuda. 

Alguns sintomas ansiosos: sudorese excessiva, tremores, palpitações, taquicardia, sensação de desmaio, entre outros.

Ao contrário do que se pensa, não são todos os casos que precisam ser medicados, lembrando que nós psicólogos não prescrevemos medicações, caso seja necessário encaminhamos ao psiquiatra que irá fazer uma avaliação e verificar se há ou não necessidade.


 Ansiedade tem cura ?

A palavra cura relacionada a Ansiedade acaba sendo muito subjetiva , pois como posso dizer que vou curar algo vital para o ser humano? 

Então, a palavra correta nesse caso seria controle . Sim, o excesso de ansiedade pode ser controlado através da psicoterapia e/ou medicação, porém é importante salientar que o sucesso do tratamento depende da boa adesão do paciente.



Transtorno do Pânico - O que é, quais os sintomas, o tratamento e o que fazer durante uma crise



O Transtorno do Pânico pertence ao grupo dos Transtornos de Ansiedade e segundo a Organização Mundial da Saúde  atinge de 2% a 4% da população mundial. É um número alarmante, e que infelizmente, cresce a cada dia. 

O Transtorno do Pânico consiste em ataques de pânico súbitos, repentinos, inesperados e recorrentes, esses ataques são compostos de algumas sensações, tais como:  vertigem, tonteira, taquicardia (a famosa batedeira no coração), sudorese, sensações de falta de ar, formigamento, calafrios entre outras. Não necessariamente todos esses sintomas aparecerem juntos, porém são os mais frequentes.

Essas sensações são muito semelhantes a de um ataque cardíaco, por isso as pessoas tendem a acreditar que estão correndo um risco eminente de morte, por isso procuram ajuda médica, geralmente a cardiológica.

Aos poucos e com a repetição dos ataques, as pessoas começam a se sentir inseguras, pouco confiantes em ficarem sozinhas e a saírem à rua desacompanhadas, com isso passam a fazer muitas coisas apenas com a companhia de alguém, pois acreditam que se algo lhe acontecer o acompanhante poderá tomar providências, como levá-la  ao médico, para casa ou outro local que se sinta segura, ocorrendo assim uma grande dependência no outro e a privação de fazer suas tarefas do dia a dia.

Precisamos entender que o modo que pensamos determina o que sentimos (isso em todos os âmbitos e em qualquer pessoa), ou seja, quando ficamos  com medo temos algumas sensações que podem ser confundidas com os sintomas do Transtorno do Pânico, por isso que na postagem anterior mostrei para vocês o que acontece com o nosso corpo quando sentimos medo  (caso você não tenha lido, é só clicar aqui). 

O portador do Transtorno acredita que está correndo perigo, e com a ocorrência das sensações ( que são produzidas pelo medo), confirma ainda mais a ideia de um ataque cardíaco iminente, o que faz aumentar  a intensidade das sensações, e assim por diante, como uma bola de neve. 


O que fazer para ajudar uma pessoa durante a crise ?

- O mais importante nesse momento é tranquilizá-la, informando que os sintomas são provenientes de um ataque de pânico e que não configura uma condição clínica grave com risco de morte.

- Reforce que o ataque é passageiro (sua duração é de aproximadamente 10 minutos, podendo haver variação)

- Oriente que a respiração seja feita pelo nariz e lentamente, até que os sintomas de hiperventilação desapareçam.


Qual o tratamento para o Transtorno do Pânico ?

Primeiramente, é importante dizer que o diagnóstico deve ser  realizado por um profissional competente para tal, e aí sim iniciar o tratamento, que pode ser medicamentoso e psicoterapêutico ou somente psicoterapêutico.

Saliento que o tratamento precoce é essencial a fim de reduzir e prevenir  sofrimento e prejuízos.


Informações Importantíssimas  

- Toda a informação contida nesse texto parte do princípio que a pessoa já possui o diagnóstico fechado de Transtorno do Pânico por um profissional competente.

- Para que a ajuda durante um ataque seja eficaz, tenha certeza que a pessoa não possua nenhuma cardiopatia, por isso é necessário o diagnóstico fechado.

- Se você conhece alguém que se encaixa nas características descritas, incentive a procurar ajuda o quanto antes.











Os Efeitos do Medo no Nosso Organismo


Meu objetivo é mostrar pra você as reações fisiológicas do medo, ou seja, o que acontece com o nosso organismo quando o sentimos.

Além de estimular o auto conhecimento sobre nossas sensações, as informações abaixo serão muito importantes para os próximos assuntos que trataremos por aqui.

Quando nos deparamos com algo assustador ou algum pensamento que nos amedronta, nosso corpo se prepara para tomar algum tipo de atitude.

Essa atitude pode ser correr (fugir da situação) ou ficar e se defender (luta).

Para fazer isso, o nosso organismo aumenta a produção de algumas substâncias químicas, como a adrenalina e o cortisol. Essas substâncias fazem o coração bater mais rápido para que o sangue possa ser bombeado pelo corpo e chegue até os músculos.

Por sua vez, os músculos precisam de oxigênio, e então começamos a respirar mais rápido para dar a eles o combustível  que necessitam.

Isso ajuda a ficarmos extremamente alerta e capazes de nos focar somente na ameaça.

O sangue se desvia das partes do corpo que não estão sendo usadas, como por exemplo o estômago  e vasos sanguíneos, e se concentra para a superfície do corpo.

Outras funções corporais se interrompem. Como não precisamos comer em momentos como esses,  você poderá notar a boca ficando seca e dificuldade para engolir.

O corpo agora está trabalhando muito. Ele começa a ficar quente. Para esfriar, ele começa a transpirar e empurra os vasos sanguíneos para a superfície do corpo, fazendo com que algumas pessoas fiquem ruborizadas.

Às vezes, o corpo pode receber oxigênio demais, se isso ocorrer você poderá desmaiar, sentir-se tonto, ou ainda como se tivesse com as pernas bambas ou moles.


Os músculos continuam a ser preparados para a ação (tensionados) por isso ficam rígidos e podem doer.
E então, quando você deixa de pensar ou sai da situação que lhe causa medo, seu organismo entende que a ameaça deixou de existir e volta ao seu ritmo normal.